quarta-feira, janeiro 31

Respondendo aos nossos visitantes ...

Apenas alguns pensamentos em forma de resposta àqueles que amavelmente comentaram o meu post anterior...


Para o Sr. L0rDgReEN: acha que as políticas de crescimento da taxa de natalidade de Portugal ou, já agora, de qualquer país civilizado passa, sobretudo, pela questão do aborto? Acha que foi isso que aconteceu na Alemanha? Não acha que é muito mais relevante outros factores como o crescimento económico, qualidade de vida ou incentivos à diminuição dos custos (mesmo através de políticas fiscais!) com a educação e crescimento dos filhos? Lanço-lhe um desafio: repare na lei do aborto nos países europeus mais novos e com crescimento populacional e verá uma enorme surpresa! Aliás, repare como é notável que na extraordinária África, onde a popualação é muito jovem e com taxas de natalidade bombásticas e diga-me que se seguir o exmplo deles! Eu não! E, ainda para o senhor, uma outra nota: Votem "SIM" para matarem as crianças que vos apetecer: eis o tipo de argumento que, de facto, enriquece a valia argumentativa de todos aqueles que defendem o Não!! É precisamente este tipo de discurso que é desnecessário e, perdoe-me, infantil! Nesta discussão não há uma única pessoa do Sim e do Não que seja a favor da morte! Aliás, eu não aconselho ou sugiro o aborto a uma filha, mas se após uma luta for te da minha parte para convencê-la a não o fazer a mesma o queira fazer acha que eu a vou denunciar ou chamá-la criminosa e colcoar as malas dela fora de casa? Não, claro que não! E o senhor... fará isso? Em coerência com o que defende, terá de o fazer! A nossaa distinção é simples: face a um ultíssimo recurso que é o aborto, eu não o criminalizo, eu não o descrinalizo! Repito: o aborto como ultíssimo recurso!! Portanto, não me chame de criminoso ou terrosrista que outros já o fizeram, pelo que apelo à sua originalidade!


Para o nosso anónimo -:

de facto, e de acordo com a Constituição, o Estado é laico! Infelizmente, terei de referir que o Estado deveria ser laico! E o Código Penal deve reger-se, obviamente, pela Constituição, daí que Vital Moreira esteja tecnicamente e moralmente correcto: um Estado laico não deve pautar o seu Código Penal pelas normas religiosas. Curiosamente, e se viu o debate na RTP, Vital Moreira até foi bastante omisso em relação à questão da Igreja! Pessoalmente, acho que a Igreja, enquanto entidade com responsabilidade sociais importantes e históricas - que devem ser louvadas - pode e deve afirmar a sua opinião! Porém, penso que terá de o fazer de acordo com as mais elementares regras de cortesia, educação e sentido pedagógico (aplicando a ambos os lados!) e não recorrendo a argumentos de manipulação psicológica juntos dos seus fiéis e restante sociedade! E digo-lhe mais: enquanto defensor do "Sim", acho que a Igreja, de uma maneira geral, até tem estado a comportar-se muito bem nesta discussão! Repito: de uma maneira geral! Também gostava de referir que não vejo nenhuma Guerra Santa ao contrário como afirma! Acho que a Igreja tem algumas falhas na sua credibilidade no que diz respeito ao argumento da defesa e preservação da vida (que, aliás, já expliquei aqui no blog!), mas acho a sua participação neste referendo é bem vinda se for construtiva!

Em relação à história que nos trouxe, deixe-me pegar nas suas palavras:

O (ex-) marido deseja ter o filho. A restante família deseja o filho. Não têm palavra a dizer. Entra com uma cautelar, que de nada serve. O aborto realiza-se, perante a actual lei. Há solução para este caso?

Começo por dizer que há vários estudos (por favor, consulte o blog do Júlio Machado Vaz) que indicam uma alteração drástica da educação e carinho dada aos filhos indesejados por parte de uma mãe a quem lhe foi negado o aborto; usando uma imagem mais forte, se encontrar um filho morto no rio ou o seu carro for assaltado por um filho cuja educação foi fruto dessa tragédia, a quem é que vamos pedir responsabilidades? Ao médico que recusou o aborto? Aos defensores do "Não"? À Mãe que, de facto, não queria aquele filho (os dilemas morais deixo-o a discutir com ela, porque na prática é o que acontece e interessa-me, sobretudo, a questão prática!)? Se vai pedir satisfações ou reembolsos aos que mencionei, sabe que não terá muita sorte... não quero dizer, como é óbvio, que isto acontece em todos os casos, mas estatísticamente há essa presença e realidade!

O que eu acho verdadeiramente interessante nesta sua história, que já ouvi muitas vezes como prova argumentativa do lado do "Não", é que peca, irónicamente, naquilo que nos apontam: no seu radicalismo! Com isto quero dizer que o senhor tem exactamente o mesmo detestável estereótipo que associam (com interesses evidentes!) aos defensores do "Sim"! Mas alguma vez viu algum defensor do "Sim" dizer que atirava imediatamente para uma marquesa uma mulher que duvidasse da sua vontade em ter um filho? Se ouviu, deixe-me que lhe diga que essa pessoa é tão extremista como muitos dos que estão do seu lado!! Como já referi acima, eu entendo o aborto como última hipótese, mas sempre como última hipótese, e havendo sempre antes um sessão de esclarecimento entre a mulher e profissionais da área da medicina e da psicologia!

Deixe-me indicar-lhe este artigo do Potugal Diário; chamo-lhe a atenção para alguns aspectos: já reparou como é a lei nos outros países da Europa e quais os países que têm uma lei semelhante à nossa? E, já agora, como é a lei nos países europeus com crescimento populacional ou com uma população mais jovem? No fundo, o que eu quero dizer é que, por exemplo, o caso da Bélgica é algo que me agrada e que me parece razoável mas mesmo a lei que é apresentada neste referendo português é menos ambiciosa do que a que existe na Bélgica!! Já para não falar do caso do Canadá, um país evoluído e com uma taxa de crescimento positivo servindo esta nota também para o nosso amigo L0rDgReEN...

De qulquer forma, obrigado pelas vossas contribuições para esta discussão e espero que possam passar por aqui mais vezes! :)

terça-feira, janeiro 30

Ainda o Aborto (Parte ... - não interessa!)

É, talvez, um dos melhores textos que li sobre o porquê de votar Sim no referendo do aborto! O autor é Vital Moreira e apareceu publicado no Público de 23 de janeiro. Pode ser lido aqui.
Aliás, no momento em que escrevo, está a decorrer o "Prós e Contras", na RTP1, e o tema é precisamente o referendo; Vital Moreira está presente e é um digníssimo representante dos terroristas! Tirando todo o folclore esperado, está a ser um debate muito interessante, mas os momentos de crispação até se sentem na pele!! Admito... tenho medo do que vai sair disto!

domingo, janeiro 28

Fui ao cinema e...

deliciei-me com Babel...



A fórmula não é nova; elaboram-se várias pequenas histórias dramáticas que têm, entre si, um qualquer ponto de ligação. Viu-se em Magnolia ou em Colisão e sempre com enorme sucesso! Este Babel de Alejandro González Iñárritu (o mesmo realizador de 21 Gramas) leva-nos a 3 continentes diferentes, América, África e Ásia, misturando realidades, culturas, sociedades e aromas bem diferentes para retratar diversas faces da agonia e trsiteza das cenas humanas. Desde a violenta vida desértica de Marrocos até à sociedade hi-tech japonesa, passando ainda pela corrente emigratória entre o México e os EUA, Iñárritu sabe prender o público com imagens fortes, cenários extensos e situações insólitas. Apesar da fórmula já ser algo gasta, este filme surpreende, sobretudo, pela performance de dois dos seus mais jovens actores...





Rinko Kikuchi e Boubker Ait El Caid (o de camisola vermelha) apresentam papéis complexos; a japonesa, que até está nomeada para o Óscar de Melhor Actriz Secundária, é uma surda-muda com problemas de sociabilidade e, atravessando a puberdade, sente-se rejeitada sexualmente pelos homens, tentando receber desesperadamente o desejo e carinho do sexo masculino, nem que para isso tenha de recorrer a truques mais degradantes! Um grande papel pela desinibição demonstrada pela actriz japonesa.
Quanto a Boubker Ait El Caid é, para mim, a verdadeira surpresa deste filme! O realizador trouxe-o para este filme depois de o ver a jogar basebol no meio da rua e, fenomenalmente, este miúdo traz um realismo, dramatismo e uma diversidade complexa a uma personagem que parecia passar despercebida no meio das maiores estrelas do filme - Brad Pitt e Cate Blanchett! Vêmo-lo perfeitamente empenhado em cenas muito pouco habituais num filme (como, por exemplo, um miúdo de 12/13 anos a masturbar-se!) até actos de heroísmo e maturidade crescente à medida que o drama se desenrola!

Um bom filme, um bom motivo para ir ao cinema!

sexta-feira, janeiro 26

Recebi este mail da Agir e acho fundamental a sua divulgação. Primeiro porque ajudar não custa nada e segundo porque há a necessidade premente de sensibilizar as pessoas para o facto de que ter um animal não é um passatempo e que, também eles, têm a sua dignidade e têm, OBRIGATORIAMENTE, de ser tratados com o respeito que merecem. Mais ainda, estamos no final no mês, naquela altura em que recebemos os ordenados e 5 euros podem fazer a diferença. Esta, felizmente, está tratada mas outros casos há (como este)que podem ser evitados e/ou solucionados.


"Gata Vilya

Há quase 2 semanas foi recuperada da rua do Teodoro uma gata preta, muito dócil, aparentemente abandonada, talvez porque cresceu e perdeu a graça que se diz que os pequeninos têm... talvez porque entrou em cio... sabe-se lá.
A gata foi recolhida com uma infecção uterina em estado avançado e com os respectivos fetos mortos. Morreria lentamente se não fosse tratada.
Na passada segunda, dia 22, foi operada na clinica Monvet e agora está em recuperação em minha casa. Os veterinários ofereceram as radiografias, mas na clinica ficou pendente uma conta relativa à operação no valor de 130?.

Aceitam-se donativos para ajudar a pagar esta operação à gatita, que entretanto está disponível para adopção.

Podes ajudar?
Obrigado."

sexta-feira, janeiro 19

PP = Pura Parvoíce!!

A recente novela centrada na vida interna do Partido Popular e que tem como actores principais Nuno Melo e Ribeiro e Castro e Paulo Portas como actor secundário (ou supraprincipal, conforme o ângulo de perspectiva) deverá servir como exemplo daquilo que representa a hipocrisia e os jogos sujos que se cometem na política.
A situação é simples de explicar: quando Paulo Portas deixou o partido, tinha apontado alguns nomes próximos da sua pessoa para dirigir o partido; no fundo, Portas estaria a dirigir o partido mas através de uma outra figura! O plano correu-lhe mal no congresso da sucessão e Ribeiro e Castro, surpreendendo os militantes com discursos emocionantes, ganhou a eleição. Com uma liderança diferente da perspectivada, mas com um grupo parlamentar Portista, logo se viu que a vida de Ribeiro e Castro seria tudo menos pacífica! E o líder parlamentar, Nuno Melo, foi sempre uma voz muito crítica à direcção do seu partido, nunca promovendo uma política e estratégia comum entre as duas frentes do partido (direcção e grupo parlamentar). E, a partir do momento em que Nuno Melo, num jantar do partido, afirma a alto e bom som que espera que Paulo Portas regresse rapidamente à chefia dos Populares, por uma questão de coerência e honra teria de colocar o seu lugar imediatamente à disposição de Ribeiro e Castro. Mas não o fez na altura, acto político grave e demonstrativo da personalidade do ex-líder parlamentar. Ribeiro e Castro também tem culpas; de acordo com os estatutos do partido, logo no instante seguinte ao jantar poderia afirmar que não tinha confiança política em Nuno Melo e retirava-lhe o cargo que ocupava no Parlamento. Seria uma prova de coragem, mesmo afrontando toda a ala de Paulo Portas (que é muito extensa e muito poderosa!) ... não o fez, diminuíu a sua força e posição como líder partidário.
Na altura em que Nuno Melo saí momentaneamente de cena, fá-lo com uma lavagem de roupa suja pública, argumentando vinganças pessoais quando, o próprio e outros alidaso de Paulo Portas, sempre encararam a liderança de Ribeiro e Castro como uma ofensa pessoal e a sua destituição seria uma vingança claramente pessoal (mas também corporativa!) pela vitória do actual líder do PP no último congresso!
E, por trás, Paulo Portas tudo fez, tudo congeminou... faz os seus (sujos) jogos políticos, os mesmos que lhe permitiu limpar Manuel Monteiro da Direcção do PP! A lamentável história do PP e de Paulo Portas repete-se... não é possível haver qualquer tipo de credibilidade política para Paulo Portas, pelo menos aos olhos daqueles que seguem atentamente este tipo de teatro político. E, correndo o risco de ser polémico, arrisco a dizer que Paulo Portas não é inteligente... é esperto! E inteligência é muito diferente de esperteza!

E assim vai a inteligência da discussão...

Se um católico aceitar a liberalização do aborto incorre na censura da excomunhão e não poderá ser reintegrado na comunidade cristã sem intervenção do bispo. - Cónego Tarcísio Alves, pároco em Catelo de Vide (Portalegre).

O economista João César das Neves acredita que se o aborto for despenalizado passará a ser uma coisa "tão normal como um telemóvel".

A voz da Igreja, que até estava a portar-se com educação e correcção neste debate, é a esperada e continua a demonstrar porque razão, diariamente, a Igreja dos Homens perde os seus fiéis!

Em relação às palavras de João César das Neves, seria interessante que o economista averiguasse o que aconteceu nos países em que a Interrupção Voluntária da Gravidez foi despenalizada... consta-se que o número de telemóveis não subiu!

quinta-feira, janeiro 18

O Cão da Serra da Estrela

A caminho do trabalho, ouvi na minha fiel TSF uma notícia que me deixou perplexa. O Rafeiro Alentejano e o Cão da Serra da Estrela, fieis companheiros da infância de muitos de nós, foram considerados animais de ferocidade extrema, tendo sido incluídos na listagem de animais perigosos e sendo obrigados a utilizar açaime e a cuidados especiais.
Na minha infância tive um Serra da Estrela. Um daqueles exemplares de porte "real", com pedigree e LOP, natural da longinqua aldeia do Folgosinho. Era dotado de uma inteligência e personalidade extremas. Por muito que o quisessemos manter no calor e carinho da casa, o animal queria a rua, o quintal. Mostrava já características do excelente cão de guarda em que se transformou. A contragosto construimos a sua casa no quintal, casa essa que, cuidadosamente, forrámos de alcatifa, rapidamente destruida e trocada pelo frio cimento. Tinha uma característica especial e digna de nota: todas as pessoas entravam lá em casa: carteiro, padeiro, homem do gás e até a velhota que ia roubar laranjas; nenhuma saía. Ladrava, rosnava sem nunca se chegar às pessoas. Tal qual, nas gélidas terras da serra, os seus pais e avós faziam com as ovelhas para que não se tresmalhassem. Com duas crianças em casa, o seu cuidado era extremo. Sofreu horrores! Orelhas e cauda puxadas, beijos, abraços, mordidelas, transformou-se em cavalo e foi brinquedo nas nossas mãos. Nunca se virou contra nós. A força das brincadeiras que demonstrava com os meus pais transformava-se na delicadeza das patas de um gato numa qualquer estante e coabitámos em harmonia anos a fio.
Como pode um animal que protege gado, fiel amigo das crianças ser comparado a um pit bull? Ainda que estas generalizações acerca das raças me confundam, pois considero os animais produto dos seus donos e não consequência de características genéticas de maldade crónica, um Serra da Estrela é um animal docil, carinhoso, excelente cão de guarda e, salvo as excepções que toda a regra implica, inofensivo. Quem se seguirá? Retriever do Labrador ou São Bernando?

quarta-feira, janeiro 17

E o prémio de "Cada-um-tem-a-porcaria-de-ensino-que-merece" vai para...


O inenarrável Valter Lemos! Depois dizem que eu não tenho razões para não gostar da Beira Baixa... Arre!!!!

terça-feira, janeiro 16

A minha definição de VIVER!

Viver: exercício de contínua e exclusiva contemplação do mundo físico e humano que nos rodeia no espaço e no tempo.

Cada vez afastamo-nos mais desta minha noção... espero, sinceramente, que o problema seja meu!

Peço desculpa pela necessidade de partilhar isto convosco...


domingo, janeiro 14

O Maior Português, a minha votação!

Admito... cedi à moda... cedi a esta tentação de apontar um Maior Português, apesar da estupidez de tal acto, apesar da subjectividade de tal eleição!

E, então, a minha escolha recaí sobre:


D. JOÃO I, o de Boa Memória

É sempre muito complicado explicar com propriedade estas escolhas... D. João I, apesar da maneira tumultuosa como chegou a Rei (lembre-se que a Iª Dinastia acabava sem um descendente directo ao trono, ameaçando a independência de Portugal e, D. João I, filho ilegítimo de D. Pedro, com o apoio de alguns nobres, assassinou o conde de Andeiro, tornando-se mais tarde Rei de Portugal), D. João I está no vértice de duas linhas absolutamente decisivas para o Portugal que conhecemos hoje: no esfumar das esperanças bélicas por parte de Espanha para tomar Portugal (na Batalha de Aljubarrota, com o génio militar de D. Nuno Álvares Pereira, seu apoiante na tomada da Corte Real) e por ter sido, literalmente, o Pai da maior façanha colectiva do povo Lusitano: os Descobrimentos. Pai do Infante D. Henrique e da famosa Ínclita Geração, D. João I era um puro amante da cultura e do conhecimento, quiçá influenciando assim as vidas gloriosas dos seus filhos; era um Renascentista antes do seu tempo, preferindo delegar as conquistas e planeamento militar para Nuno Álvares Pereira, apesar de inteligentemente deduzir que o futuro de Portugal estaria na exploração geográfica sobretudo motivada pelo intercâmbio de comércio e de cultura.

Deixa um legado conhecido de todos através, sobretudo, da acção educadora e formadora que teve para com os seus filhos, mas é preciso lembrá-lo também como alguém que resgatou o país de uma quebra de independência, como alguém que segurou um país quando o mesmo parecia destinado ao obscurantismo e, mais do que segurar, soube transportar o nome de Portugal para uma imortalidade a todos os títulos planetária! Ele foi o verdadeiro pai da globalização, o primeiro a mostrar outros Mundos ao Mundo! E como seriam necessários tantos D. João I a este nosso Portugal!

Não está na lista dos 10 Maiores Portugueses do programa da RTP... está, injustificadamente, injustamente, muito longe disso. Para mim, ele foi o Maior Português!

sexta-feira, janeiro 12

Agir pelos Animais

Não sou por natureza uma pessoa invejosa. Ainda assim há uma coisa que eu invejo e, principalmente, tenho pena de não ter a presença de espírito, desprendimento e coragem: falo-vos do voluntariado que ajuda os animais abandonados, perdidos, em sofrimento, más condições, etc, as chamadas Famílias de Acolhimento Temporário (FAT). Poucas pessoas conheço que tenham a relação próxima que sempre desenvolvi com os animais. Cresci com cães e tenho, neste momento, duas gatas. Pergunto-me muitas vezes se são felizes e, sinceramente, acho que sim. Esforço-me para que nada lhes falte, carinho incluído, chegando ao ponto de quase os humanizar, provavelmente um erro crasso mas do qual não me consigo libertar. Ainda assim acho que é pouco. Ao olhar para os animais que, diariamente, se veem na rua apetece-me, não fora a força castradora que tenho lá em casa que me abre os olhos cada vez que falo no assunto, trazer uns sete ou oito para casa e dar-lhes um lar e uma família. É isso que a Agir tem feito e era aqui que queria chegar. Há quem tenha a coragem que me falta e faça uso do que de melhor tem para ajudar quem precisa. Pelo que tenho visto e sabido muito tem sido feito e têm conseguido marcar a diferença. Merecem na totalidade que lhes sejam entregues os louros da sua boa vontade, atitude, amor e entrega. Ainda assim, como em todas estas instituições que auxiliam os animais que se tornam inconvinientes nas nossas casas durante o verão ou o natal, falta muita coisa. Comida, já que tratam em permanência de cerca de duzentos animais, medicamentos e principalmente casas que os acolham. Será que não há nos bolsos uns cêntimos para ajudar ou uma casa para receber um novo amigo? :)

quinta-feira, janeiro 11

Surpresa... ou talvez não!

Segundo nos conta o Correio da Manhã, entre os 100 mais nomeados para o título de Maior Português estão ... o jovem Hélio Pestana (da série Morangos com Açúcar), Ricardo Araújo Pereira (dos Gato Fedorento), Pinto da Costa, Alberto João Jardim e Maria João Seabra (Ministra da Educação no governo de Santana Lopes), não entrando nesta lista Gil Eanes ou Fernão Lopes!

Ainda estou a pensar em criar um Movimento Pró-Batatinha para Maior Português!!!!!!!!


quarta-feira, janeiro 10

O Elogio à Qualidade

Gostaria de dar conta do nascimento de um novo blog de qualidade escrito em português; trata-se do Acutilante, do Prof. José Pedro Teixeira Fernandes, um espaço que se dedica, sobretudo, à exploração dos temas da política e relações internacionais, sendo que Teixeira Fernandes é também o autor dos livros Teorias das Relações Internacionais - Da Abordagem Clássica ao Debate Pós-Positivista, Elementos de Economia Política Internacional e, o mais recente, Islamismo e Multiculturalismo - As Ideologias Após o Fim da História (um livro fascinante, dos melhores sobre esta questão!).



Portanto, uma visita obrigatória!

O Prof. Teixeira Fernandes também é o coordenador do Ciclo de Política e Relações Internacionais a decorrer na livraria Almedina do Arrábida Shopping. Convido-vos também a estarem presentes no nosso próximo colóquio deste ciclo:


A União Europeia e a Questão do Oriente: o Alargamento aos Balcãs e à Turquia
12 de Janeiro, às 21:30 horas

Com:
Milan Rados, Universidade Lusíada e Escola de Jornalismo do Porto
Pedro Caldeira Rodrigues, Jornalista
Teresa Cierco, Universidade Lusíada

terça-feira, janeiro 9

Primeiro profissionais da escrita... depois logo se vê!

Leonor Pinhão, na sua coluna no jornal A Bola, trouxe-nos o relatório do árbitro Carlos Xistra (Associação de Futebol de Castelo Branco) a propósito de um cartão amarelo que mostrou ao jogador do Benfica Miccoli... deliciem-se:

Miccoli, desmandou-se em velocidade tentando desobstruir-se o intuito de desfeitiar o guarda-redes visitante. Um adversário à ilharga procurou desisolá-lo, desacelerando-o com auxílio dos membros superiores. O jogador Miccoli procurou destravar-se com recurso a movimentos tendentes à prosecução de uma situação de desaperto mas o adversário não o desagarrava. Quando finalmente atingiu o desimpedimento desenlargando-se, destemperou-se e tentou tirar desforço, amandando-lhe o membro superior direito à zona do externo, felizmente desacertando-lhe. Derivado a esta atitude, demonstrei-lhe a cartolina correspectiva.

Saí um Apito de 1ª classe para este senhor, se faz favor...


domingo, janeiro 7

Sim, eu estive lá... meu Deus, eu estive lá! :)

Esta é a foto mais marcante desta minha tarde... :)


O FC Porto foi eliminado da Taça de Portugal, no Estádio do Dragão, pelo modesto Atlético e eu estive no Estádio do Dragão.


Diga-se que houve total mérito por parte da equipa de Lisboa na eliminação dos campeões nacionais. Foram um equipa absolutamente surpreendente sob o ponto de vista da tranquilidade e qualidade táctica que evidenciaram durante toda a partida! Perfeitos na ocupação dos espaços e nas marcações aos principais jogadores do FCP, o Atlético soube jogar com a lentidão de processos de toda a equipa do FCP, com a impaciência do público e com a falta de automatismos defensivos que o FCP evidenciou.
Quaresma foi individualista, Meireles perdeu claramente a luta no meio campo, mesmo quando ajudado por Paulo Assunção e Bruno Moraes foi muito ingénuo nas poucas oportunidades que teve; mas convém referir que o Atlético também teve claras oportunidades para dilatar o marcador! Aliás, a primeira grande situação de perigo é do Atlético, a que se seguiu uma jogada extraordinariamente polémica. Um dos avançados da equipa de Lisboa isola-se na frente atacante (fruto de um bom passe que rasga toda adefesa portista) e é claramente derrubado à entrada da área. Livre muito perigoso e cartão (que seria vermelho!) por mostrar a Ricardo Costa.

O FCP mostrou ao longo de toda a partida uma gritante ausência de ligação entre os sectores; passes mal medidos, descoordenação entre meio campo e o ataque, falta de ideias! Juntamos, a tudo isso, uma irritação nítida à medida que o cronómetro avançava... é elucidativo que, perto do fim, Quaresma deixa sair a bola do perímetro do jogo e chuta violentamente a mesma na direcção do banco de suplentes do.. FC Porto!

O Atlético impressionou... soube jogar à bola! Soube sair a jogar sempre com tranquilidade, fazendo correr a bola por todos os seus sectores e tentando sempre passes em profundidade, ficando a defesa do FCP várias vezes em apuros! Conseguiu colocar o jogo ofensivo do FCP longe da sua área e fê-lo sempre com muita inteligência!

O lance polémico: o penalty a favor do FCP quando passavam já 3 ou 4 minutos após os 90! No sítio onde me encontrava (mesmo no enfiamento da jogada!), o lance é altamente duvidoso por uma simpes razão: o jogador do FCP (creio que Ricardo Costa), no momento em que salta, escorrega ligeiramente e isso dá a impressão que o jogador do Atlético o terá empurrado, o que não aconteceu! Lance mal ajuízado pelo árbitro, mas "Deus escreve bem por linhas tortas" e Quaresma não converte!

Vitória justa e suada do Atlético, castigo duro mas merecido para este FC Porto!

Devem estar a brincar comigo, não??

As companhias de seguros estão a estudar a possibilidade de os signos dos condutores determinarem a forma como conduzem.

Consta-se que Plutão deve influenciar os condutores com problemas de indefinição na sua condução!!!!

quinta-feira, janeiro 4

Juntamos os melhores para falar sobre o tema do momento...

Em primeira mão, gostaria de anunciar que a livraria Almedina do Arrábida Shopping irá realizar, no próximo dia 8 de Fevereiro a partir das 21:30h, um imperdível debate sobre a questão da Interrupção Voluntária da Gravidez com 2 personalidades da área da medicina de inegável valor, poder comunicacional e qualidade técnica...



Daniel Serrão

Nasce na freguesia de S. Diniz, cidade de Vila Real de Trás-os-Montes, em 1 de Março de 1928. Em 1944 completa o Curso Geral dos Liceus, em Aveiro, com 18 valores. Antes, frequentou os Liceus de Viana do Castelo e Coimbra. Em Aveiro termina, em 1945, o Curso Complementar de Ciências, com 18 valores.
Em 1951 completa o Curso de Medicina, com média final de 17 valores.
Membro, em representação de Portugal, do Comité Ad.Hoc de Bioéthique, logo a seguir Comité Director de Bioética (CDBI) desde 1989.
Presidente (Chair) do Working Party on The Protection of the Human Embryo and Foetus (CDBI CO-GT3) desde 1997.

Uma das sua posições sobre a IVG aqui.




Albino Aroso

De nome completo Albino Aroso Ramos, foi o terceiro de uma família de seis irmãos que, pelo facto de terem perdido o pai muito cedo, ficaram para sempre associados ao nome da mãe. Aos 24 anos, terminada a Licenciatura em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, ingressa no Hospital Geral de Santo António, onde mais tarde veio a desempenhar o cargo de Presidente do Concelho de Administração.
Em 1967 participou na fundação da Associação para o Planeamento da Família, e dois anos depois, pela primeira vez em Portugal, abre a primeira consulta pública e gratuita de planeamento familiar.
Presidente da Comissão Nacional de Saúde Materno e Neonatal e Secretário de Estado no Governo de Sá Carneiro e, mais tarde, com Cavaco Silva enquanto a ministra foi Leonor Beleza.
Faz parte do Movimento "Médicos Pela Escolha".

Uma das sua posições sobre a IVG aqui.

8 DE FEVEREIRO, 21:30h, ALMEDINA - ARRÁBIDA SHOPPING

Ainda sobre o aborto...

uma nota muito breve: prefiro convictamente que o "Não à IVG" tenha uma votação expressiva para o seu lado do que este referendo passar outra vez pela fantochada que já conheceu no passado devido à elevada abstenção! Os exercícios democráticos apenas têm validade se foram aplaudidos e aceites com prazer e consciência cívica dos cidadãos! Caso contrário, estaremos a envergonhar quem lutou tanto pela mesma! Aceito o voto em branco porque, por si só, essa é uma posição política e moral; a não ida às urnas é rejeitar ter uma voz no futuro de todos nós e reclamar sem ter votado é sinal de hipocrisia infantil!

Sempre pensei não ser necessário falar abertamente e com todos os "S" e "R" sobre esta temática. Sempre pensei que tinha sito tratada até à exaustão no passado, aquando do primeiro referendo para a votação da despenalização da interrupção voluntária da gravidez. Enganei-me. A sociedade portuguesa continua presa a padrões religiosos extremados e a noções algo distorcidas de biologia que são utilizadas até à exaustão na defesa de pontos de vista que mais não são que isso mesmo, pontos de vista (passe a redundância).
Na sua essência não sou favorável ao aborto, considerando o acto sexual como um acto de necessária responsabilidade, mas não vou criar ilusões e ceder ao comentário demagógico que a chave está na educação da população, no civismo, no amor ao próximo e a nós mesmos. Não vou ser hipócrita, mostrar-me contra a interrupção da gravidez e, por azar do destino, calhando-me em rifa uma gravidez não planeada, abortar clandestinamente e bater com a mão no peito dizendo que o aborto é um crime. Considero que tenho o direito de não pôr uma criança no mundo e poderia elencar um sem número de razões para tal. Não o faço porque não estou em campanha eleitoral e não quero convencer ninguém. Não sou dona da razão mas tenho direito à minha opinião. E dia 11 de Fevereiro irei votar, sem margem para dúvidas, favoravelmente, quanto mais não seja porque votar a despenalização do aborto não me coloca numa marquesa de clínica a fazer um aborto se não for essa a minha vontade. Apenas permite que mulheres não sejam marginalizadas e condenadas a penas ridículas de prisão por considerarem que não têm condições económicas, físicas, psicológicas ou apenas porque o apelo da maternidade não lhes bateu à porta. Parece-me preferível a situações precárias, maus-tratos, carências e, mais que tudo demagogias e hipócrisia.
Para finalizar pego nas palavras do FMSG. Onde considera a Igreja que está a solução para este problema se não é permitida a utilização de meios anticoncepcionais? Na hipócrisia da abstinência sexual ou no coito interrompido?

quarta-feira, janeiro 3

Para quem não percebeu o post anterior...

Tendo em conta que gerou alguma polémica o meu post anterior, gostaria de o explicar de uma forma mais explícita e construtiva!

Parece-me óbvio que o meu comentário anterior é infantil, idiota, intelectualmente deprimente mas, acima de tudo, irónico e até mesmo humorístico; todos estes adjectivos (tal como qualquer adjectivo) são alvo de apreciações de diferentes qualidades conforme a sensibilidade de cada um! Porém, reafirmo, era sobretudo uma ideia irónica e humorística! E foi pensada dessa maneira... eu, enquanto ser pensante, não obedecendo a nenhuma hierarquia ou doutrina política ou religiosa restrita e rígida, tenho a feliz liberdade de exercer esta minha liberdade criativa sem que isso afecte muito gravemente quem quer que seja. Aliás, um espaço como este, um blog, subscreve essa prática, essa filosofia, essa permissão! Posso, por isso, cometer os meus exageros, os meus delírios literários, apesar de não ser esse o meu forte ou minha ambição. Porque, repito, no meio do nosso tecido social, cultural, científico ou religioso sou, rigorosamente e literalmente, um grão de areia no meio do infinito!

Mas gostaria de exprimir o seguinte: vivemos uma época da História da Humanidade que poderia ser descrita como a época do pormenor, da subtileza verbal! Uma palavra, uma ideia, um gesto desmedido pode originar uma guerra, um desentendimento grave, um conflito de várias ordens. E, se tal for cometido por alguém de grande relevância para a História da nossa Humanidade, maiores e mais catastrofistas serão esses efeitos. O Papa Bento XVI, ao apelidar de terroristas todos aqueles que defendem a IVG, está a trilhar um caminho perigoso, danoso para as caixas de Pandora que a própria Igreja tem e vem contribuir muito destrutivamente para a já muita alterada sanidade emocional que um debate desta natureza deveria ter! Porque o Papa diz que eu sou Bin Laden, porque o Papa vem ostracizar cidadãos de todos as faixas sociais, credos, cores, ideologias, inteligências, profissões e pessoas que também se encontram na sua Igreja. Mas, no que diz respeito a ostracizações por parte da Igreja, a mesma sabe o que faz, como faz e com quem faz (ao longo dos Tempos). O que é grave é o Sacerdote mais elevado da Igreja Católica colocar-me no mesmo cesto que Bin Laden, Hitler, Estaline (facto meramente interessante: estes 2 últimos senhores era também ferozes partidários do "Pró-Vida", criminalizando o aborto quando chegaram ao poder, mas é mesquinho e estúpido usar isso como argumento!). É um abuso de autoridade, de verbalização, de consciência e muita desonestidade intelectual e emocional; enquanto cidadão não lhe reconheço legitimidade para me qualificar dessa maneira! E, no fundo, vem apenas acentuar uma característica nefasta para estes debates: a impossibilidade de construír-se um diálogo contrutivo, aberto, frontal mas, sobretudo, que seja respeitador das opiniões, valores e sentimentos de todos aqueles que estão de um lado e do outro desta questão! E isso tem faltado bastante: respeito e "des-emocionalizar" esta questão! Bento XVI já provou, noutras situações, que não tem a mínima sensibilidade política/comunicacional e isso pode custar muito caro à Igreja!

A própria Igreja, que se diz defensora da vida, que posição tem em relação ao uso do preservativo como força de prevenção e preservação dessa mesma vida? E o que tem dito (e impedido!) sobre a questão da educação sexual? Não quero com isto dizer que a Igreja não possa formular a sua opinião sobre a questão da IVG (reconheço o papels estimável que teve e tem para a cultura e sociedade contemporânea!), mas rejeito a posição de supra-moralista que afirma ter em todos este debate, porque o navio da Igreja tem vários buracos e ainda não se apercebeu que há já muito tempo que se está a afundar...

Mas gostava também de dirigir outras perguntas e não apenas à Igreja; também aos políticos, porque esta também é uma questão política; também à sociedade civil e a todas as organizações que se juntam, como forças militares para uma guerra, para esta discussão... acordaram todos agora?? Eu não preciso de lembrar as estatísticas do aborto, eu não preciso de mencionar, de novo, a tragédia pictórica, psicológica e física que representa o aborto para a mulher e para a criança! Não preciso, porque somos soterrados com esses números, com imagens chocantes, com ideias perturbantes, de um lado e do outro da barricada! Parem de encher os mails das pessoas com isso, porque nada disso muda o cenário actual que o nosso país tristemente tem e que, independentemente do resultado do dia 11 de Fevereiro, não saberemos se irá alterar-se!

Por isso, mais do que saber o que se vai legislar, pergunto o que sugerem, o que acham que já se podia ter feito e não se fez! E, se não se fez, porquê e quem são os culpados (morre solteira, morre solteira!)! Façamos, todos, um exame de consciência sobre o que não fizemos e deveríamos ter feito!
Onde estão os ferozes planos de planeamento familiar, onde está a formação cultural, cívica e sexual da nossa sociedade para a questão da família e do aborto? Há quanto tempo é que se (não!) faz? Onde está o investimento cívico e onde estão, hoje, aqueles que já o poderia mter feito no passado?
Porque é preciso não esquecer, é preciso relembrar que muitos daqueles que hoje dizem "Não" foram aqueles que já tiveram no poder e que podiam colocar em prática o que defendem agora para derrubar o "Sim": apostar na educação, na formação, nas iniciativas cívicas como forma de prevenção! Mas porque é que não o fizeram?? Porque raio é que mais de 30 anos após o 25 de Abril e sempre a sermos governados praticamente pelos mesmo partidos que apontaram sempre as mesmas metodologias e políticas para a questão da IVG nunca se propuseram a fazer, a ocorrer, a concretizar todos os magníficos planos de educação e prevenção sexual?
Então vêm agora apontar como plano soberbo algo que os póprios não fizeram quando tinham essa possibilidade? Que tipo de moral ou honestidade é essa?

O resultado é que, hoje, 2007, ainda não sabemos como fazer; o problema é que hoje, em 2007, há algumas pessoas que dizem: "bom, há mais de 30 anos que este sistema não funciona, vamos alterar para ver se algo acontece" e são logo apelidadas de criminosas dos tempos modernos, indignas da condição humana! Porque não somos capazes de aceitar que ninguém tem legitimidade e certeza plena sobre o que é a Vida ou a Morte! Porque ninguém tem humildade suficiente para dizer que não há (apenas) moralistas e assassinos nesta disputa... porque há quem pense que há muito tempo que tentamos abrir uma porta com uma chave que entra mas não roda... mas não deixam testar outras chaves! Talvez não entrem, talvez não rodem... mas deixem tentar outras chaves! Não quer dizer que a minha chave é melhor, quero apenas tentar abrir a porta, o desejo de todos nós!

Sem bombas, sem ameaças, sem dramas, sem rótulos! Porque enquanto continuarmos a pensar que eu detenho a razão toda e que nada sobra da mesma para quem pensa (ou sente!) diferente de mim, então eis a prova inequívoca da puberdade e imaturidade da Humanidade (ou da nossa sociedade portuguesa!) e que todos nós atravessamos mais uma dor de crescimento... ainda nos falta tanto para sermos "grandes"!!!

Uma pergunta actualmente preocupante...

mas então...

... a masturbação não deveria ser criminalizada?? (É que eu não percebo nada disto!)

Portugal no seu melhor!

Parece anedota mas na realidade não o é. Dirigia-me eu para a capital no dia 1, após as breves festas de passagem de ano, quando ouvi na Antena 1 a notícia que, ainda em fase quase preliminar do ano, já ganhou!
Parece que surgirá este ano na área metropolitana de Lisboa um passe gratuito que os utentes dos transportes públicos poderão utilizar caso tenham já ultrapassado a fasquia dos... 80 anos! Conhecidos por serem utentes regulares de qualquer barco do Barreiro ou Comboio da Linha de Sintra, nada mais justo que fazer com que poupem o valor astronómico das viagens que não fazem! Porta-bandeira dos passes em Portugal, a CML está, definitivamente, de parabéns! Proponho agora o passe social para recém-nascidos ou ainda para animais de estimação quando não acompanhados por um adulto!
Definitivamente uma medida que fará a diferença!

terça-feira, janeiro 2

Cardeal Patriarca e a semântica

Comparar a despenalização da interrupção voluntária da gravidez a um acto terrorista é, por si só, e a meu ver, um acto de puro terrorismo, maniqueísmo e ignorância.

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