PP = Pura Parvoíce!!
A recente novela centrada na vida interna do Partido Popular e que tem como actores principais Nuno Melo e Ribeiro e Castro e Paulo Portas como actor secundário (ou supraprincipal, conforme o ângulo de perspectiva) deverá servir como exemplo daquilo que representa a hipocrisia e os jogos sujos que se cometem na política.
A situação é simples de explicar: quando Paulo Portas deixou o partido, tinha apontado alguns nomes próximos da sua pessoa para dirigir o partido; no fundo, Portas estaria a dirigir o partido mas através de uma outra figura! O plano correu-lhe mal no congresso da sucessão e Ribeiro e Castro, surpreendendo os militantes com discursos emocionantes, ganhou a eleição. Com uma liderança diferente da perspectivada, mas com um grupo parlamentar Portista, logo se viu que a vida de Ribeiro e Castro seria tudo menos pacífica! E o líder parlamentar, Nuno Melo, foi sempre uma voz muito crítica à direcção do seu partido, nunca promovendo uma política e estratégia comum entre as duas frentes do partido (direcção e grupo parlamentar). E, a partir do momento em que Nuno Melo, num jantar do partido, afirma a alto e bom som que espera que Paulo Portas regresse rapidamente à chefia dos Populares, por uma questão de coerência e honra teria de colocar o seu lugar imediatamente à disposição de Ribeiro e Castro. Mas não o fez na altura, acto político grave e demonstrativo da personalidade do ex-líder parlamentar. Ribeiro e Castro também tem culpas; de acordo com os estatutos do partido, logo no instante seguinte ao jantar poderia afirmar que não tinha confiança política em Nuno Melo e retirava-lhe o cargo que ocupava no Parlamento. Seria uma prova de coragem, mesmo afrontando toda a ala de Paulo Portas (que é muito extensa e muito poderosa!) ... não o fez, diminuíu a sua força e posição como líder partidário.
Na altura em que Nuno Melo saí momentaneamente de cena, fá-lo com uma lavagem de roupa suja pública, argumentando vinganças pessoais quando, o próprio e outros alidaso de Paulo Portas, sempre encararam a liderança de Ribeiro e Castro como uma ofensa pessoal e a sua destituição seria uma vingança claramente pessoal (mas também corporativa!) pela vitória do actual líder do PP no último congresso!
E, por trás, Paulo Portas tudo fez, tudo congeminou... faz os seus (sujos) jogos políticos, os mesmos que lhe permitiu limpar Manuel Monteiro da Direcção do PP! A lamentável história do PP e de Paulo Portas repete-se... não é possível haver qualquer tipo de credibilidade política para Paulo Portas, pelo menos aos olhos daqueles que seguem atentamente este tipo de teatro político. E, correndo o risco de ser polémico, arrisco a dizer que Paulo Portas não é inteligente... é esperto! E inteligência é muito diferente de esperteza!
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