quinta-feira, outubro 9

Paulo Pedroso

Paulo Pedroso, ao fim de mais de 4 meses de prisão preventiva, foi solto por ordem de um tribunal de instância superior.
A decisão teve o apoio de 2 votos contra 1. Segundo argumentos dos juízes que saíram vencedores, Rui Texeira não tem provas suficientemente fortes para conservar o estatuto de preso preventivo ao deputado socialista. De facto, e a acreditar nos orgãos de comunicação social, as supostas provas são, realmente, de uma ligeireza total!
Por isso, e por muito mais, vários advogados, desde o primeiro minuto, afirmavam que a prisão de Pedroso foi ilegal.
Se a prisão foi ilegal, não sei - não tenho os conhecimentos jurídicos para o saber.
Se, de facto, há ou não provas também ninguém sabe porque está sob segredo de justiça.
Por isso, apenas vou realçar a componente mediática daquilo que aconteceu ontem.
Paulo Pedroso saíu do estabelecimento prisional e foi directamente para a Assembleia da República. Depois de muitos abraços, beijos e comemorações, Pedroso fez claramente uma declaração política, o que não é de estranhar porque ele é, acima de tudo, um político!
Muitas foram as vozes que depressa mostraram a sua revolta sobre este procedimento de Pedroso, a começar pela jornalista da SIC que se encontra na Assembleia de República e que, num mau exemplo profissional, durante todo o tempo em que Pedroso este na AR se fartou de dizer que a conduta de Pedroso foi eticamente reprovável.
A verdade é que Pedroso tinha todo o direito e legitimidade para fazer o que fez. A sua detenção provocou uma polémica política e a mediatização que teve deve-se ao facto de ele ser um político. Além disso, é preciso não esquecer que Pedroso foi intimado na própria AR e foi daí que partiu para o DIAP. É também na AR que sempre tiveram aqueles que, neste período, muito o ajudaram: os deputados do PS (e não só). Por isso, é perfeitamente lógico, racional e demonstrador do carácter de Pedroso o facto de ele ter escolhido a AR com o seu primeiro local de paragem após a sua libertação.
Muito mal neste processo esteve a já referida hornalista da SIC e Pedro Namora que, pouco depois, disse que Pedroso deveria ter saído da prisão e ir logo para casa, como se Namora tivesse algum poder ou moral qualquer sobre Pedroso. Lamentável, de facto...
Apenas uma curiosidade: é interessante reparar que Pedroso sai em liberdade e provoca uma autêntica peça teatral mediática um dia depois do Governo ter tido a sua maior crise até ao momento! É claro que é uma curiosidade!

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