Lynce: uma espécie em vias de extinção...
Pedro Lynce não tinha outra saída! Ou pedia a demissão ou seria, para sempre, o mais fragilizado dos ministros deste governo. Acredita-se na boa fé do Ministro, ao atender ao pedido da filha do MNE Martins da Cruz, mas a verdade é que Lynce fez tem um nome bem popular, a famosa "cunha".
Desengane-se aquele que pensa que este foi um caso sem excepção; as "cunhas" nos mais altos patamares do aparelho de Estado é uma prática comum neste nosso pequeno (em muitas coisas) país e a filha de Martins da Cruz teve apenas o azar de ter sido apanhada pela SIC - cada vez mais os media assumem um papel de investigadores privados.
Qual é o cerne de toda esta questão? Pedro Lynce afirmou perante os deputados que exigiam as suas explicações que tinha dúvidas sobre se teria ou não cometido um erro; ora, e tudo começa aqui! Então, se Pedro Lynce tinha dúvidas sobre a legalidade da sua acção, por que razão mesmo assim avançou com a mesma? Não seria bem mais prudente não aceitar o pedido? São os próprios funcionários do seu Ministério que vieram dizer que a aluna em questão não preenchia os requisitos para ter a aprovação do Ministro! Por isso, e muito mais, Lynce foi o único responsável por esta questão e, num acto que apenas o dignifica, ele apresentou a sua demissão. Resta saber como saí Martins da Cruz de toda esta polémica; certamente muito fragilizado pois também ele deveria seguir os passos do seu ex-colega!
Mas sobre este Ministro e o seu Ministério muito haveria por dizer, a começar pela avaliação sintética sobre a rentabilidade de colocar sob a mesma alçada o Ensino Superior e a Ciência. No tempo da governação socialista, a Ciência adquiriu o direito de ter apenas para si um Ministério. E as políticas, acções e frutos dessa medida foram claramente ganhos e superados. No actual Ministério tudo está confuso e a necessitar de uma rápida intervenção: o Ensino Superior está a preparar-se psicologicamente para uma tremenda luta com os estudantes devido à incrível subida das propinas e a Ciência em Portugla pura e simplesmente ameaça hibernar!
O nome do próximo Ministro será tornado público esta semana que vem. Prevê-se, para tal personalidade, um Outono e um Inverno terríveis. Veremos quals erá a sua posição sobre as propinas, sobre a avaliação dos professores do Ensino Superior e também sobre a gestão e incentivo da Ciência em Portugal. Mas uma coisa podemos já dizer sobre tal pessoa: terá de ser alguém com enorme coragem! É como pegar numa equipa de futebol que está em último lugar e que já não acredita em si própria e, pior ainda, sem o apoio dos adeptos!
O Congresso do PP
Chamar "Congresso" àquilo que o PP organizou na semana passada na Exponor é uma afronta para os verdadeiros Congressos. De facto, a reunião magna dos populares mais pareceu um encontro de chá para cortar na casaca de tudo e de todos, foi um encontro sem sentido, sem ideias e sem dinâmica. Foi mais um exercício de "culto ao líder" do que outra coisa qualquer. E esse líder, para não variar, voltou a demostrar porque razão é apontado pelos portugueses (de acordo com uma sondagem feita para o "Público") como o mais indicado para ser remodelado no actual governo. As suas ideias sobre a emigração e a descolonização são de uma profundidade contestária que roça o mau gosto e o tom, postura e agressividade do mesmo fazem de Paulo Portas uma personalidade que pertence cada vez mais à sátira humorística da "Contra-Informação" do que de alguém que tem sérias responsabilidades na condução deste país.
De acordo com as últimas sondagens, o PP já aparece como a 5ª (!!!!) força partidária, sendo ultrapassado pelo Bloco de Esquerda. Está na altura da direita pensar seriamente sobre a sua força e, sobretudo, sobre a sua filosofia política que cada vez mais cede ao mais puro dogmatismo!
E para terminar numa beleza duvidável, Paulo Portas "esqueceu-se", na sua innocação às raízes e força do partido, de figuras como Freitas do Amaral, Adriano Moreira, Lucas Pires e de Manuel Monteiro, como que a confirmar que, de facto, o Homem não aprende nada com a História!
Hóquei em Patins - finalmente, algo em que somos uma potência!
Portugla sagrou-se, este sábado, Campeão do Mundo de hóquei em patins, um título que já nos escapava há quase 10 anos! Sempre que um Mundial foi organizado por Portugal, nós saímos sempre vencedores e, desta vez, não foi excepção.
Numa equipa em que sobretudo se notou mais a experiência do que a juventude, Portugal começou por tremer perante a França mas foi sempre subindo de forma. Notável a força que jogadores já claramente ainda em fim da carreira ainda demonstram: Paulo Almeida, Paulo Alves, Guilherme Silva...
Neste desporto somos, de facto, uma potência! Estão de parabéns os jogadores, o seleccionador Vítor Hugo e também o público que foi sempre incansável no apoio à nossa selecção!
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