segunda-feira, abril 30

O caso Pina Moura

A minha opinião é rigorosamente a mesma deste magnífico texto (via Vital Moreira)!

Como salienta (e bem!) um dos comentadores do post, relembremos a anedótica posição e figura de Luís Delgado!! Esse sim, o perfeito exemplo do jornalista/comentador/analista (é sempre apresentado assim!) absolutamente imparcial!

domingo, abril 29

Abençoada FOX!!! :)

Era de prever... pronto, já me viciei nisto!!



É que é bom... tem mesmo muita piada!! :)

terça-feira, abril 24

Sinais do tempo!

Hoje, por volta da hora do jantar, fui entrevistado por um jornalista (por telefone)... parece que vai sair qualquer coisa numa revista este domingo! O tema era o cosmos, OVNIs e vida inteligente extraterrestre, uma conversa engraçada que durou uns 15/20 minutos... o mais delicioso: no final do telefonema, a minha noiva diz-me: "Já tinha saudades de te ouvir falar dessas coisas!"

E pronto... perdoou-me por lhe ter feito arrefecer o jantar!

Confesso, foi delicioso voltar a conversar sobre ...



isto!

sexta-feira, abril 20

Dizem que é uma espécie de Euromilhões! :)


foto: Portuense

Feliz aquele que, ao acordar, possa ter esta visão no meio de uma cidade em constante agitação, como o Porto... ou à tarde, depois do almoço... ou à noite, ao som dos grilos ...

Ali, alguém vai ser feliz! :)

terça-feira, abril 17

Fugindo da literalidade das palavras...

... hoje sinto-me assim:

Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão


Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só

Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar

Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde eu não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou
Porque eu só estou bem
Aonde não vou
Porque eu só estou bem
Aonde não estou


António Variações

Fica connosco. Quanto mais não seja porque os génios não morrem...

Não quero aqui ninguém. Quero ficar sozinho a medir isto, a minha doença, a minha mortalidade, o meu espanto. Por mais que repetisse
- Um dia destes
não acreditava que o dia destes chegasse. E agora, Março de 2007, veio com a brutalidade de uma explosão no peito. Não imaginava que fosse assim, tão doloroso e, ao mesmo tempo, tão pouco digno como a velhice e a decadência. Tão reles. O olhar de pena dos outros, palavras de esperança em que não têm fé, dúzias de histórias de criaturas que passaram por isso que tu tens agora e estão óptimas. Recuperando aos poucos da anestesia vou dando-me conta de que um bicho horrível em mim, ratando, ratando. Dois sentimentos opostos
- Vou lutar, não vou lutar
e o primeiro fala antes do outro
- Chamem o Henrique
um grande cirurgião, um colega de curso, um amigo, uma das muito poucas pessoas a quem entregaria sem hesitações o meu corpo. Este texto talvez vá um pouco desconexo, desculpem, ainda estou fraco, a cabeça tem lacunas, falta-me vocabulário, há mais de nove dias que não pegava numa caneta e é difícil reaprender a andar. O meu medo que o Henrique não pudesse. Mas disse a quem lhe fala
- Eu vou já lá abaixo
e enquanto me faziam uma TAC vi-o atrás do vidro, sério, a apertar a boca.
Depois veio ter comigo
- Opero-te amanhã de manhã
e queria que soubesses, Henrique, a esperança que as tuas palavras me trouxeram. Não só esperança: o que não sei dizer. Ou antes sei mas tenho vergonha. Contento-me a pensar que tu sabes também. Sei que sabes- Basta a maneira de protestares, de mão contrariada
- Não me agradeças, não me agradeças basta o teu afecto pragmático diante das minhas perguntas
- Uma coisa de cada vez
o modo como me disseste
- Eu trato-te
como diante da minha aflição, aflição sim senhor, deixemo-nos de tretas
- E se houver metástases no fígado?
- Eu tiro-as
e eu tentando pôr-me no teu lugar pensando como deve ser penoso operar um amigo. Um amigo desde os dezoito anos. Em como deve ser penoso, em como deve ter sido penoso para o Henrique trabalhar com uma carga afectiva em cima dele, naquelas circunstâncias. Mexeu-me todo: tirou a vesícula, tirou o apêndice, até as glândulas seminais andou a ver. Isto há dez dias, onze dias. Escrevo no hospital onde estou, é a primeira vez que uma pessegada destas me sucede.
Magro, magro. Com uma algália ainda: é uma sorte que uma algália ainda, tive mil trezentos e seis tubos a saírem de mim. Espero que na revista entendam a caligrafia tremida da crónica. Suceda o que suceder, uma coisa tenho por certa: isto alterou, de cabo a rabo, a minha vida.
Ignoro em que sentido, ignoro como. Sei que alterou. Santa Maria. O que farei daqui para a frente, se existir daqui para a frente? Livros, claro, foi para isso que me mandaram para o meio de vós. Quando isto sucedeu lutava com um, tinha outro pronto, já antigo, pronto há um ano e tal, para Outubro. Para dar tempo aos tradutores de o traduzirem e saírem mais ou menos na mesma altura que em Portugal. Esse livro tem a melhor prosa que fiz até hoje, parece recitado por um anjo. Aquele em que trabalhava é apenas um embrião, cerca de metade do primeiro esboço, falta-lhe quase tudo. A partir de agora, se calhar, falta-lhe tudo. Voltarei a ele? Uma coisa de cada vez, não é Henrique? Vamos a ver. De uma forma ou outra a gente luta sempre. Momentos de quase esperança. Momentos de desânimo maior, como se me obrigassem a escolher entre o que não vale nada e o que vale ainda menos. Este mês escolher entre o que não vale nada e o que vale ainda menos. Este mês deram-me um prémio literário. Estão sempre a dar-me prémios e claro que tenho prazer nisso, não sou mentiroso nem hipócrita. Toda a gente foi muito simpática
e sem que eles sonhassem
(sonhava eu)
o cancro ratando, ratando, injusto, teimoso, cego. Mói e mata. Mata. Mata. Mata. Mata. Levou-me tantas das pessoas que mais queria. E eu, já agora, quero-me? Sim. Não. Não - sim. Por enquanto meço o meu espanto, à medida que nas árvores da cerca uns pardais fazem ninho. A primavera mal começou e eles: truca, ninho. Obrigado, Senhor, por haver futuro para alguém.
Antunes, António Lobo in Crónica do Hospital.

segunda-feira, abril 16

As chamadas "ironias do destino"!!

Alguém me sabe dizer se isto é verdade???

É que se for... tenho de abrir outro post sobre a matéria em causa! :)

quinta-feira, abril 12

O tempo de Sócrates.





A entrevista que Sócrates deu hoje à RTP merece alguns comentários!

1. José Sócrates justificou, de uma maneira objectiva e perfeitamente aceitável, o motivo pelo qual apenas agora decidiu defender-se; o processo de inspecção à Universidade Independente é uma razão lógica e politicamente correcta. Se decidisse comunicar enquanto corria esse processo, as vozes da oposição seriam mais que muitas e, neste aspecto, Sócrates é preso por ter cão e preso por não ter! Sócrates teve de escolher qual seria o timing menos mau!

2. Os documentos foram apresentados, o historial académico foi contado, as insinuações foram rebatidas com factos e provas. Diziam agora alguns comentadores, jornalistas e políticos que o importante é saber se houve favorecimento a Sócrates em todo os seu percurso académico devido à sua posição de governante! Esta é uma clara expressão de má fé... em primeiro lugar porque os graus académicos foram conseguidos antes da entrada de Sócrates para o Governo e, mais importante, há neste argumento uma total falta de ética, sobretudo jornalística! Porque cabe aos mesmos provarem que houve esse alegado favorecimento! Porque a atitude jornalística é deplorável, porque apenas lançou a insinuação e não a confirmou, não a provou! Assim, a prática do boato, a prática da desinformação passa a ser uma norma quando deve ser evitada, sobretudo pelos chamados meios de comunicação de referência! Não cabia a Sócrates provar que não foi beneficiado porque quem o fez de má fé nada, rigorosamente nada, provou! Mas, até nisso Sócrates soube contra-atacar com mestria.

3. Uma vez mais, e numa tentativa infantil e medíocre de condicionar a entrevista de José Sócrates, a edição online do Público, exactamente às 19:36h, uma hora e meia antes da mesma, tentou lançar mais achas para a fogueira... Sócrates também respondeu a essa questão, mas fica registado o acto e o timing dessa mesma... notícia!

4. É preciso fazer compreender à nossa sociedade, a todas as sociedades que existem na sociedade portuguesa, que os meios de comunicação social são propriedade de grandes grupos económicos, com interesses claros na construção ou destruição de imagens e reputações! E também posso dizer, com uma certa propriedade, que os mesmos não têm absolutamente nenhum interesse em discutir os lobbies e grupos de pressão de que fazem parte! Percebe-se... não lhes convém! E, diga-se, a manipulação dos meios de comunicação social faz-se na grande escala e também na escala infinitamente pequena! Ou seja, vende-se o que favorável a nós, rejeita-se o que desfavorável a nós, quando deveria ser antes vende-se o que é interessante e pedagógico e rejeita-se o nocivo e a baixa intriga! E, parece-me, que não há muitas pessoas com coragem para falar destes temas...

5. Enquanto apoiante deste Governo e de José Sócrates (nunca o escondi, apesar das naturais diferenças de opinião que tenho pontualmente com vários Ministros e medidas), tenho uma enorme felicidade em ver Marques Mendes como líder da oposição! A sua reacção após a entrevista é preocupante para alguém que se diz alternativa credível a Sócrates. Ao dizer que acha estranho uma Universidade aceitar um aluno sem ter primeiro o certificado das disciplinas concluídas é desconhecer em absoluto o funcionamento das Universidades, principalmente as públicas! Por exemplo, um trabalhador estudante que faça exames em Setembro mas queira pedir uma transferência de curso, é tido como compromisso de honra a validade das disciplinas feitas em Setembro, mas é obrigado a entregar, mais tarde esse comprovativo! Porém, as equivalências para transferência são feitas normalmente! E, ao pedir uma averiguação deste processo por parte de uma entidade fora da hierarquia do Governo é o mesmo que dizer que não confia no processo avaliador do Estado, o que é estranho para uma pessoa que esteve em tantos Governos...

sábado, abril 7

Como é que não me lembrei disto antes (Parte II) ??

Le Pen sugere masturbação feminina como contraceptivo

Absolutamente hilariante!!

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sem comentários.... :)

quinta-feira, abril 5

6 de Abril, 21:30h, João Tordo!

No dia 6 de Abril, às 21:30h, na livraria Almedina - Arrábida Shopping ...




O escritor João Tordo faz-nos uma visita e apresenta-nos o seu mais recente trabalho, "Hotel Memória". Admito que estou curioso em relação a este livro; está na minha lista de "livros a ler"! Até porque o meu caro amigo António-Pedro Vasconcelos até disse o seguinte:

"Há exactamente dois anos, João Tordo publicou o seu primeiro romance: O Livro dos Homens sem Luz. Tinha 30 anos, e não me lembro, depois de O Crime do Padre Amaro ou de A Sibila, de uma estreia tão poderosa. (...)

Não há nada mais difícil do que o segundo livro ou o segundo filme, sobretudo depois de uma estreia tão brilhante. Com Hotel Memória, que acaba de sair, não hesito em dizer que JT só precisa de alguém que o descubra para se tornar um escritor de culto, uma voz original em qualquer país, nomeadamente no panorama da literatura anglo-saxónica que lhe serve de matriz.(...)

O que é extraordinário em JT é que ele tem, ao mesmo tempo, o precoce domínio da escrita, a técnica perfeita do policial e do suspense, a capacidade invulgar de criar um clima (o livro é pontuado pela sucessão das estações, descritas com rigor e minúcia como se a cada passo abraçassem os personagens e envolvessem a intriga); e, ao mesmo tempo, há nos seus livros qualquer coisa de agónico, como se eles fossem escritos sobre a pele dos personagens, em carne viva. Não sabemos o que mais admirar: se o JT mestre da intriga e fabuloso criador de personagens e situações, se o escritor confessional, senhor de um pungente lirismo, capaz de deixar que a poesia se esgueire em surdina entre dois parágrafos de uma prosa descritiva, rigorosa e quase circunspecta."



Portanto ... promete! :)

O Espaço ainda não chegou a Portugal!

Imaginem o sucesso que seria uma livro com as crónicas do Infante D. Henrique, escrito pelo próprio, sobre todos os pormenores e estórias dos Descobrimentos Portugueses... infelizmente, não há registo de tal preciosidade! Porém, felizmente, temos um livro semelhante mas sobre os Descobrimentos do nossoa tempo...



Failure is not an Option: Mission Control from Mercury to Apollo 13 and Beyond
de Gene Kranz

Gene Kranz foi o Director de Vôo (o melhor termo será Director de Missão) das missões Mercury e Apollo. No fundo, foi ele o responsável máximo pela coordenação das missões que permitiram a chegada à Lua por tarte dos americanos em 1969, como resposta ao vôo do soviético Gagarin, abrindo, assim, a corrida à exploração espacial. Foi ele que levou Armstrong, tranquilamente, à Lua em Julho de 69 e foi também ele quem esteve à frente da missão Apollo 13 que foi, talvez, o maior desafio aeronáutico do último século!
Este é um livro de estórias e de visões e opiniões muito pessoais; Karnz, na sua posição previligiada, conta-nos como foi lidar com a pressão dos políticos e da sociedade para a América vencer a Guerra Fria pelos caminhos do Espaço e como esse desafio foi vencido através do trabalho colectivo de milhares de pessoas. É, também, um conto de delírios, momentos de inimaginável bravura e coragem e, sobretudo, muito sangue frio! Uma viagem que combina humor, política e muito orgulho sobre o que era ser cientista e engenheiro da NASA naquela altura! É, por isso, um livro absolutamente imperdível para todos os apaixonados por estes temas!

Lamentavelmente, e apesar deste livro ser um documentário valioso sobre os dos maiores momentos da Humanidade, não há ainda uma edição em português! Fica aqui a nota!

terça-feira, abril 3

Porto no NY Times!





Delicioso! :)

segunda-feira, abril 2

O bom jornalismo!

Uma nota muito rápida para dar conta de um aniversário invejável. Larry King celebra 50 anos de carreira!



Após mais de 40.000 entrevistas e alguns dos mais intensos e dramáticos momentos televisivos da história dos media, continua a ser uma das maiores referências do jornalismo mundial!

Aqui é possível visionar e votar nos 20 melhores momentos do seu programa Larry King Live, na CNN!

Such a perfect day...

Volta e meia sabe bem sair da rotina do dia-a-dia e fazer coisas diferentes. Este fim de semana tirámos o sábado para fazer algo diferente e provou-se um dia perfeito.
Saímos de casa para ir para Lisboa. Queriamos ir passear, eu rever sítios onde, qual Malato, já fui muito feliz, ele para conhecer Lisboa com a melhor cicerone que poderia ter, eu, claro! O dia não estava muito dado a passeatas, o vento estava desagradável e a chuva ameaçava. Olhamos para as vestimentas e achámos que o ideal seria visitar tudo o que fosse entre 4 paredes para evitar um dia perdido e um final de fim-de-semana recheado de espirros e tosse. Decidimos dar um salto ao Largo do Carmo e lanchar na que, para mim é a melhor casa de Chá de Lisboa, o Chá do Carmo. O chá vermelho deu o mote e o bolo de chocolate ainda agora deixa saudades, apesar de incessantes críticas de que já tinha comido melhor!! Seguiu-se uma volta pelo Chiado com Pessoa, Camões, Chiado e outros quejandos por companhia. Acabámos a jantar na monumental Cervejaria da Trindade, de onde não me apetecia sair. O bife da vazia à Trindade fez as delícias Dele e aí sim não houve as famosas críticas de quem tem cozinheiras na família e é chato todos os dias! :)
Valeu a pena e passou a ser tradição na família todos os meses fazer algo assim.

domingo, abril 1

Os sintomas da pobreza ....


Público, Expresso e Sic Notícias continuam a dar voz à polémica sobre as qualificações académicas de José Sócrates.

Pessoalmente, trata-se de um assunto revoltante porque apenas em Portugal poderia acontecer tal fait-divers! E, diga-se também, apenas em Portugal a oposição política teria tamanha falta de vergonha para tentar sacar dividendos deste episódio. Não me interessa minimamente saber as qualificações que o nosso Primeiro-Ministro tem; por mim, poderia ter apenas a 4ª classe, desde que desse provas da sua competência, qualidade e exigência para consigo e para com os outros no sentido de levantar de novo o nosso país! E Sócrates já demonstrou isso...

Já que gostamos tanto de imitar o que vemos lá fora, reparem como são apelidados os governantes dos outros países... esta é mais uma prova irrefutável da pobreza da nossa cultura, da nossa educação, da nossa sociedade! E, acrescente-se, da nossa comunicação social! A Big Brotherazição (na sua vertente mais medonha do expiar tudo e todos, da cusquice e da mediatização da desgraça alheia) da nossa sociedade, cultura e política é um dos sinais do nosso tempo que o português gosta de acentuar em terreno próprio!

Concordo em absoluto com Medeiros Ferreira: "Uma visita histórica aos títulos dos governantes em Portugal daria um bom programa de entretenimento cultural"! Eis um interessente sucessor de outros Grandes Programas Portugueses, digo eu...

É triste, mas é verdade: Sócrates, que até pode não ser Eng., já fez mais em 2 anos do que muitos dos Sr. Drs. ou os Srs. Profs. Drs. que estiveram nos vários Governos após o 25 de Abril... e muitos deles estão agora na oposição!


Deixem trabalhar o Sócrates!!

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