quinta-feira, fevereiro 15

Choca-me a crueldade das pessoas por vezes. Choca-me o mundo cão em que vivemos e a incapacidade total de uma atitude altruista e que em nada mexe com a sua vidinha santa. Tenho a minha gata doente. Foi esterilizada e a coisa não correu bem. Voltou ao veterinário para solucionar a coisa e colocaram-lhe uma rede à volta da costura novamente suturada e devidamente tapada com o adesivo. Chateada com a situação, com dores e com o desconforto inerente à coisa começou a roer a rede e a querer comer o adesivo para assim, rapidamente, chegar à ferida. Acordei hoje com este filme. O veterinário só podia ficar com ela a partir das 11 (os animais neste país têm horário reduzido para ficar doentes) e eu vi-me forçada a trazê-la para o trabalho. Foi-me dito que sim. Depois foi-me dito que não. Fiquei entre a espada e a parede. Não sabia o que fazer. A frase lapidar foi dita em seguida:
"Ó Ana mas estás mais preocupada com o teu trabalho ou com o gato? Há que estabelecer prioridades e isso é um bicho, não um ser humano."

Sempre me habituei a "julgar" os seres humanos pela sua sensibilidade para com os animais não humanos. A minha radiografia está tirada!

A gata está no veterinário sozinha até às 11. Por especial favor. Como diz um amigo meu: "e já gozas..."!

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