quinta-feira, setembro 14

D. Manuela

Hoje é um dia tristinho. Desapareceu um dos ícones da minha infância. Morreu a minha professora primária. Não se pode dizer que fosse a professora ideal, que os seus métodos punitivos da reguada, intimidação e humilhação pública fossem os pedagogicamente correctos ou sequer que deixou grande saudade quando emigrei para terras inenarráveis. Ainda assim custa. Fazia parte do meu imaginário e, frequentemente, enquanto professora, dou por mim nas aulas embrulhada nas memórias das suas aulas e na alegria que era quando, da janela, nos apercebiamos que era o Ruca que ia dar aula e não ela. Era uma relação amor-ódio, mas foi sem dúvida uma pessoa que me ensinou a ser forte e a não me deixar intimidar por ninguém. Só por isso valeu a pena. Fica a saudade!
Até sempre D. Manuela!

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