quarta-feira, fevereiro 8

Desabafos


Coimbra é uma cidade estranha. Olhar para ela a partir de Santa Clara como fiz naquele dia solarengo em que tirei esta foto faz-me sorrir e acreditar que é impossivel não amar Coimbra. Carrega história, a minha história também, um saber, um modo de estar na vida, conhecimento, a minha Briosa que hoje me deu mais uma alegria e que ruma a passos largos para o Jamor...
Mas Coimbra castra. Coimbra não nos oferece nada a não ser a sua arquitectura, o seu rio, para o qual estamos de costas voltadas (como Te dizia nessa tarde...), a sua história, a faculdade. Coimbra obriga-nos a partir para outras paragens em busca de melhores dias e de um futuro. Que é aquilo que não tem. Coimbra vive irremediavelmente presa a um passado e a uma tradição, ao invés de olhar para a frente, para os habitantes e para a sua qualidade de vida.
Coimbra envelhece e, entregue a uma corja de coimbrinhas que abomino, morre em frente aos nossos olhos. E isso doi. Porque, ainda que com a cabeça e a alma noutras paragens, Coimbra faz parte de mim.

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