Tempo, medo e paciência são as palavras mais usadas no meu dicionário interior. A sua junção em frases que me ocorrem a cada momento que passa dá-me aquele frio no estômago, outro medo, dor e uma paciência hercúlea (ou será titânica) que desconhecia em mim. Não tenho rede e tenho medo de cair. Mas a atracção do abismo não me deixa sair do mesmo sítio. E continuo à espera... de um nada que não chega e do momento em que as palavras que mais temo saiam da tua boca, como outrora...
Diz-me que cara ou coroa eu vou ganhar
Diz-me quanto eu fiz bem em me apostar
E que bem fiz em ter por necessárias
As horas extraordinárias
Sérgio Godinho
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