segunda-feira, fevereiro 20

ficções

Doia-lhe saber que estava a seu lado mas que não lhe pertencia.
Sentia-se um parasita numa busca incessante do amor que afinal só um sentia.
Queria mais.
Queria viver aquele amor com a simplicidade de quem se entrega e não teme sofrer.
Queria a naturalidade de um beijo. Um gesto. O calor de um olhar cúmplice.
Queria apenas e somente tudo aquilo a que tinha direito.

E continuou à espera de sinais em silêncio, com a desesperançada paciência com que sempre vivera esse meio amor.
Eram essas as regras de um jogo cuja lógica não compreendia.

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