707,07
Eu pensava que com a informatização, os serviços públicos iriam melhorar e tornar-se mais rápidos. Fui dos que aplaudiu o tão esperado cruzamento de informação entre Segurança Social e Finanças...
Depois de passar quase uma manhã inteira nas Finanças para me anularem uma dívida de 1 cêntimo... já não sei.
Esta estória começou quando entreguei o IRS de 2000 e me enganei, o que deu origem a uma dívida de 707,07 euros. Depois de MUITOS meses, lá a declaração de substituição que entreguei foi introduzida no sistema das finanças e lá me mandaram um aviso a dizer que afinal não devia nada. Claro que primeiro que isso acontecesse, recebi em casa 4 avisos para pagar os 707,07 ou procederiam a um processo, com respectiva penhora, etc, etc...
Quase 3 anos depois, quando vou pedir a isenção de outro imposto, descubro que afinal tenho uma dívida de 99 euros! E que essa dívida é referente ao ano fiscal de 2000! Mas afinal o que é que se passa?
Depois de me dirigir às finanças, fui então informado que, ao anularem a dívida (de 707,07 euros) tinham anulado 707,06 euros... que com juros e dívidas de processo passou de 1 cêntimo para quase 100 euros!
Eu só pergunto a quem quer que me tenha anulado a dívida da primeira vez, se digitar 7 - 0 - 7 - 0 - 7 é assim tão dificil... Não há cá seis, nem oitos, nem sequer cincos! Só setes e zeros! De onde que que apareceu 707,06?
E, é claro, que isso de sistema centralizado é coisa inexistente. Quando fui à página das finanças ver se a dívida já está ou não anulada, descubrou que, para o pedido da isenção do outro imposto, esta dívida ainda existe, apesar de já ter sido anulada.
É por isso que vos digo: viva o choque tecnológico!
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