quarta-feira, fevereiro 16

Notas soltas desta campanha política...

Apenas alguns pontos a considerar:

1. Em cada rua ou avenida desta país, podemos ver o famoso painel do PSD que afirma "Quer que eles voltem?"; para além de ser um estilo político claramente baixo e despropositado, é importante referir que estamos perante um autêntico "tiro no pé"! A verdade é que, dos nomes falados que poderão integrar um futuro governo de Sócrates e que venham ainda do tempo do Guterrismo, temos apenas as pessoas que deixaram uma impressão muito positiva: António Vitorino, Jorge Coelho e Jaime Gama! Todos os restantes não serão, concerteza, personalidades ministriáveis...

2. Pedro Santana Lopes diz-nos agora que é um autêntico cheque em branco alguém votar no PS no próximo domingo; pergunto, não querendo fazer qualquer tipo de comparações ao nível das pessoas (apenas ao nível da situação): quem era Aníbal Cavaco Silva antes de ter ganho o Congresso do PSD e antes de ter pedido a 1ª maioria absoluta? Que provas tinha ele dado a nível político? Será que, nesta altura, Sócrates jã não terá provado mais? E que tipo de cheque poderão os portugueses dar a Santana? Possivelmente, apenas um cheque careca...




3. O PSD e o PP estão terrivelmente preocupados com a possibilidade do PS governar com maioria absoluta. A verdade é que o PS foi o único partido com possibilidades de governação que nunca teve maioria absoluta;a outra verdade (histórica) diz-nos que o PSD nunca quis governar em minoria: Cavaco Silva, na sua primeia votação, teve minoria e não aceitou governar! Exigiu novas eleições e aí ganhou a maioria absoluta! Durão também não aceitou governar com maioria relativa e Santana Lopes até se adiantou e disse logo à partida para esta campanha que, a ser governo, será em maioria com o PP.
Governar com minoria exige paciência e entrar num jogo de cedências que, por vezes, pode pôr em causa o programa de Governo de um determinado partido. Por isso, e mesmo sabendo que os últimos meses de Guterres não foram positivos, talvez alguém no futuro se lembre de Guterres como alguém com coragem suficiente para governar à mercê das vontades de PSD e do PP.

4. O pedido e concessão de maioria absoluta é legítima e desejável seja para que partido/coligação for; com maioria absoluta, é mais fácil ir buscar personalidades de qualidade para integrar um elenco governativo pois poderão executar com mais segurança as suas ideias. E, neste momento, o único partido com força e dinâmica para atingir tal patamar é o Partido Socialista.

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