O peso da folha...
Não foram uma ou duas; ou três ou quatro... foram certamente mais de 10! Folhas, foram mais de 10, as que pisaste hoje! Umas velhas, outras acabadinhas de cair; umas ainda contestaram a tua indiferença e ousaram chamar-te a atenção numa ameaça banal ao teu equilíbrio... sabias lá tu que outro equilíbrio iriam tentar-te, provocar-te, desassossegar-te... incomodar, talvez? Que surpresa iria provocar-te a banal folha que grita "já chega de ti" e foge daquela (a árvore, eu via-as e eram, certamente, mais de 10!) que a alimentou e a fez crescer... fugiu? Ingrata? Não, quando a Natureza chama, o Ser obedece... coisas deste Universo!
Umas dessas viagens da desordem e da ingratidão começou à tua frente, num momento de intimidade e complicidade único: tu, a folha, a árvore, a queda, o impacto, o esquecimento! A intimidade envergonha-se perante a pergunta infantil: a árvore chora? "És um adulto, voltaste à idade dos "Porquês??"" - perguntas-te a ti próprio; Mas os "Porquês" há muito que perderam a idade, o posto, a categoria e, suspiras, a vergonha!
Caí-te um cabelo: choras? Uma gota de saliva perde-se num beijo encontrado: choras? Um sumo de suor foge no meio da luta: choras? Um grito escapa num clímax inesperado: choras? Uma recordação, um "e se" (e como há tantos "e ses" nesta vida!), um sonho sonhador mas que não foi libertado (porque não pode!): choras? Não e Não e Não e Não e... ah...
Hesitaste... no choro? No tipo de choro? A alegria vence a dor, o rancor egoísta (porque é só teu) sobrepõem-se ao alívio da alma? Conto-te a minha teoria: a alma pede que soltes esse teu sonho sonhador! Porque um "e se" purificado torna-se numa folha que foge ao crime, que foge ao corpo, que foge à alma, que foge daquelas noites em que não pudeste dormir por causa desse "e se"... porque corrompeu a tua tranquilidade, porque permitiste isso...
A folha é pesada? Então a Gravidade (mas tens de ajudar!) que faça o que lhe compete... liberta as tuas folhas! A independência delas é uma janela que se abre para ti...
A árvore chora? De felicidade, amor... de felicidade!
Quantas folhas pisaste hoje? Eram as tuas ou as de outras pessoas? Não sabes... mas foram mais de 10! Certamente mais de 10... e que prazer sádico foi pisá-las! Permite-te a esse momento de sadismo, apenas terás direito a esse e a mais nenhum!
Já te sentes mais leve?
Umas dessas viagens da desordem e da ingratidão começou à tua frente, num momento de intimidade e complicidade único: tu, a folha, a árvore, a queda, o impacto, o esquecimento! A intimidade envergonha-se perante a pergunta infantil: a árvore chora? "És um adulto, voltaste à idade dos "Porquês??"" - perguntas-te a ti próprio; Mas os "Porquês" há muito que perderam a idade, o posto, a categoria e, suspiras, a vergonha!
Caí-te um cabelo: choras? Uma gota de saliva perde-se num beijo encontrado: choras? Um sumo de suor foge no meio da luta: choras? Um grito escapa num clímax inesperado: choras? Uma recordação, um "e se" (e como há tantos "e ses" nesta vida!), um sonho sonhador mas que não foi libertado (porque não pode!): choras? Não e Não e Não e Não e... ah...
Hesitaste... no choro? No tipo de choro? A alegria vence a dor, o rancor egoísta (porque é só teu) sobrepõem-se ao alívio da alma? Conto-te a minha teoria: a alma pede que soltes esse teu sonho sonhador! Porque um "e se" purificado torna-se numa folha que foge ao crime, que foge ao corpo, que foge à alma, que foge daquelas noites em que não pudeste dormir por causa desse "e se"... porque corrompeu a tua tranquilidade, porque permitiste isso...
A folha é pesada? Então a Gravidade (mas tens de ajudar!) que faça o que lhe compete... liberta as tuas folhas! A independência delas é uma janela que se abre para ti...
A árvore chora? De felicidade, amor... de felicidade!
Quantas folhas pisaste hoje? Eram as tuas ou as de outras pessoas? Não sabes... mas foram mais de 10! Certamente mais de 10... e que prazer sádico foi pisá-las! Permite-te a esse momento de sadismo, apenas terás direito a esse e a mais nenhum!
Já te sentes mais leve?
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