domingo, setembro 4

A estupidez de uma estratégia política...

Mesa Nacional do BE aprova candidatura de Louçã por maioria

Com 58 votos a favor, dois contra e dois em branco. Dirigente João Teixeira Lopes reafirmou que a candidatura do líder do partido «irá até ao fim»!



Francisco Louçã é, cada vez mais, o único rosto de um mero projecto político de graves problemas cognitivos que se chama Bloco de Esquerda... do triunvirato original (Louçã, Portas, Rosas), é apenas Louça quem tem dado a cara, quem tem criticado de uma maneira supra-moral tudo o que é política portuguesa (ou seja, ele próprio!), uma faceta que lhe fica muito mal e que se revelou catastrófica no famoso debate que teve com Paulo Portas para as últimas eleições legislativas!

O seu discurso, sempre carregado de arrogância ética e de superioridade intelectual, pode até ainda ter a simpatia de alguns (principalmente uma faixa da juventude que acredita na rebeldia das palavras e no seu seguimento para a rebeldia das acções!), mas a verdade é que a pura demagogia política e o "dizer o que é bonito e politicamente correcto" sempre foi a doutrina deste Bloco e começa a constatar-se que o Bloco sempre foi, é, e sempre será apenas isso!

Mas... já não é tão Bloco como o foi no passado... a presença e o apoio de Fernando Rosas à candidatura de Soares e o gradual desaparecimento de Miguel Portas (o facto de estar no Parlamento Europeu não diminuí esta minha opinião!) faz com que Francisco Louça se identifique cada vez mais como um D. Quixote à procura da vitória sobre os moínhos da imaginação! Helena Carmo, outra figura deste Bloco, vai mais longe: «Quando ouvi Louçã dizer que o BE não era como os outros partidos, fiquei na expectativa que se encontrasse um candidato no campo social. Mas afinal a realidade não tem campo social e o máximo que o BE conseguiu foi imitar a estratégia do PCP», disse a militante, que recebeu aplausos de vários dos bloquistas que enchiam por completo o auditório do Instituto Superior de Engenharia do Porto.

Dores de crescimento? O início da queda? Só o tempo o dirá, embora alinhe mais pela 2ª ideia... trata-se, sobretudo, de um erro pessoal de Louçã: quer o partido só para ele, à sua imagem, coincidente totalmente com as suas ideias; vai chegar uma altura (já não chegou?) em que mesmo as mais imaginativas jogadas de marketing político não irão socorrer Louçã de um fim político desejado por muitos à esquerda e à direita! E, com toda a razão; senão, vejamos a sua estratégia para as presidenciais: assumiu-se como o rosto do BE para este combate (quem mais??) e lançou logo o seu lema...contra tudo e contra todos! Contra Soares, Jerónimo e Cavaco! Luta contra o seu próprio posicionamento político, luta contra quem o elogiou no passado (Soares elogiou a postura do BE e de Louça no caso da guerra contra o Iraque... como deve estar arrependido!) e não se percebe quando diz que quer derrubar a direita de Cavaco quando este corre o sério risco de ser eleito logo na 1ª volta pois a esquerda (sobretudo Louçã!) não se une com Mário Soares contra Cavaco... E Louçã já disse que ia até a o fim! Pergunta-se: que estratégia é esta? Mais uma vez a promoção pessoal? Tempo de antena para debitar sempre os mesmos slogans publicitários, os clichés de uma pseudo-ideologia que já deveria ter terminado e que começa a percorrer as ruas da amargura?

Francisco Louçã já foi querido de alguns portugueses... diga-se, de muitos portugueses! Irá cair na sua própria presunção, na sua sede de protagonismo... e, com isso, irá arrastar toda a esquerda... irónicamente, Francisco Louçã será, nestas eleições, o maior amigo de Cavaco Silva! E, esse sim, é um verdadeiro moínho, meu caro D. Quixote!

Como diz o meu amigo eutodososdias: Xico: Tens que pensar seriamente em tomar uns comprimiditos à base de litio. Dantes disfarçavas, mas ultimamente ... nem quem simpatizava contigo consegue aturar-te! Ouve os teus próprios discursos, pá!

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