terça-feira, outubro 19

E passo a citar...

O jornal O Jogo, na sua edição de hoje, traz um comentário assinado por Ricardo Lemos e que transmite muito bem muito daquilo que todo e qualquer benfiquista sentiu anteontem! Sabe-se de que clube é este jornal porta-voz, pelo que torna-se mais imperativo conhecer este comentário! Não se sabe se este senhor amanhã ainda terá emprego, mas vamos colocar aqui o tal comentário!

Manual de desculpas de um árbitro

Há dias em que nada corre bem: o passe mal endereçado que culmina num golo magnífico; a grande oportunidade de golo desperdiçada "só" porque alguém agarra o ponta-de-lança; o golo que não vale porque o árbitro e um dos assistentes conseguem não ver aquilo que todos viram. São dias, pois, de muito azar. Apenas e só isso, claro está, porque, afinal, o árbitro é humano, erra como todos os outros intervenientes, não podia ver a bola passar a linha de golo porque estava com suor a escorrer pela testa ou, até, porque estava demasiado preocupado em ajeitar a farpela para aparecer bonito na fotografia - qualquer destas possibilidades pode agora ser argumentada pelos defensores de uma classe que é sempre muito corporativa na hora de esconder os erros. A verdade é que Olegário Benquerença e Luís Tavares conseguiram desvirtuar completamente o resultado de uma partida de futebol e não acredito que o juiz tenha tido ontem um dia de aniversário particularmente feliz, ainda que, certamente, tenha recebido inúmeros votos de parabéns - pelo aniversário, é claro.

Não discuto - não tive o prazer de frequentar um curso, especialmente aqueles dedicados à "elite" - as aptidões dos árbitros, mas posso comparar critérios. E a verdade é que Olegário Benquerença não tem, pura e simplesmente, qualquer critério de avaliação quando se trata de julgar lances passíveis de grande penalidade. Este ano, assinalou um penálti contra o Sporting depois de uma queda no mínimo duvidosa do setubalense Meyong, em lance disputado com Hugo, e já na época passada tinha visto o sportinguista Ricardo tocar em Alenitchev, quando todos foram unânimes em dar nota máxima ao russo pela sua queda artística. Perante este histórico de apontar para o castigo máximo mesmo sem haver falta, fica a pergunta: o que acontece quando há infracção, como anteontem, no lance entre Seitaridis e Karadas? Nada. Não poderia ter visto, certamente, mas também quem é que pede isso a um árbitro? Afinal, errar é humano, o céu azul, a água molhada, blá, blá, blá... Os dirigentes da arbitragem terão a resposta arquivada na secção de desculpas.


Facto
Baía à Selecção

Luiz Felipe Scolari deveria - e rapidamente - voltar atrás nos seus princípios e convocar Vítor Baía para a Selecção Nacional. É que os "frangos" que o guarda-redes do FC Porto dá não contam (nem dão golos...) e as suas exibições são sempre descritas como seguras, perfeitas e intocáveis, sendo até elogiado - imagine-se - porque consegue emendar erros sem que os árbitros vejam. Não seria mais fácil dizer, simplesmente, que errou?


A frase

"O árbitro tirou-nos um golo e não assinalou duas grandes penalidades a nosso favor. Que mais posso dizer? Tirou-nos três pontos"

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