segunda-feira, julho 12

Reflexões (I)...

Da entrevista de PSL à SIC, apenas consegue-se extraír uma ideia (ainda por cima não original): ele quer descentralizar o Governo e, por arrasto, toda a função pública.
O que PSL já deveria perceber há algum tempo é que este tipo de promessas são típicas de campanha eleitoral, quando está em disputa um governo e uma assembleia. PSL não está em campanha eleitoral! Por obras mágicas ele já é PM de Portugal!
Por muito que se fale num novo Governo, a verdade é que isso apenas resulta no campo constitucional e ao nível das caras dos novos Ministros; de resto, e até mesmo por imposição de Sampaio, este Governo é uma continuação da obra do Governo anterior; assim, PSL não deve anunciar pseudo-políticas ou acções inovadoras, uma vez que o trabalho dele, até ao final desta legislatura, é continuar o que Barroso iniciou! Do ponto de vista programático, este não é o Governo e a política de PSL!

A descentralização da função pública é, em teoria, uma boa ideia; mas é já uma boa ideia há muito tempo e uma prática que nunca se fez completamente! Por uma razão de fácil compreensão: a máquina pública portuguesa é muito pesada! Além de ser gorda, é inoperativa, desfuncional e avessa a mudanças... fazendo uma anologia com o futebol, todos se lembram quando o Jardel chegou ao Sporting com, pelo menos 15 kgs a mais! O homem corria (pouco) e esforçava-se mas, por muito que o treinador pedisse para ele correr mais, Jardel não podia mais porque estava gordo!! Por muito que PSL peça à função pública para se mexer, esta não pode fazer milagres! Por isso, esta é claramente uma medida popularista... mas porquê o espanto? Não vem de PSL?

Por último, a piada da videoconferência: apenas pode ter uma explicação; PSL tem acções na Portugal Telecom!! Só assim se justifica este delírio Santanista!

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