O assassinato de uma esperança...
A ex-primeira-ministra e dirigente da oposição paquistanesa Benazir Bhutto morreui hoje num atentado-suicida contra um seu comício em Rawalpindi que matou pelo menos 20 pessoas, indicou uma fonte do seu partido.
A história de Benazir Bhutto dava realmente um filme e pode ser consultado um breve resumo aqui, num bom trabalho da SIC Notícias.
A CNN avança desde já com o envolvimento directo da Al-Quaeda neste ataque suicida, mas ainda carece de confirmação; a ser verdade, prova-se uma vez mais os poderosos tentáculos desta organização, uma autêntica nação-pária que ninguém consegue controlar, orquestrando um reino de terror no mundo inteiro.
De qualquer forma e independentemente do autor de tal acto, a verdade é que este atentado é uma autêntica machada no processo de renovação ideológica, económica e social que Benazir Bhutto (justamente ou injustamente!) simbolizava. Regressou ao seu país natal em Outubro numa espécie de "acordo de cavalheiros" com Musharraf, mas a sua popularidade ameaçou sempre o regime militar e ditatorial do actual presidente do Paquistão, o que leva a pensar que Musharraf deve ter suspirado de alívio com este desaparecimento; tal como os grupos mais extremistas e de fanatismo religioso do Paquistão... no fundo, foram sempre estes grupos que mais queriam ver a cabeça de Bhutto rolar, perpetuando, assim, o conservadorismo secular naquele país!
Apesar da figura tremendamente polémica, fruto da sua governação no passado e a sua coragem no passado muito recente, o Paquistão perde-se, de novo, no meio deste turbilhão.... mas não deixa de ser um novo aviso para o Ocidente!
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