Foto - Viagem pelo Porto Ribeirinho...
Por razões profissionais (e não só!), hoje tive de me dirigir até aos Cais de Gaia. Como ainda não tinha o meu carro disponível, Deus ofereceu-me um dia absolutamente fabuloso... ao sair da estação de metro de S. Bento, lembrei-me de utilizar a minha máquina fotográfica/telemóvel e tirar algumas fotos! Partilho aqui apenas algumas, as melhores...
A Ribeira... de noite, de dia, um local absolutamente fascinante! Depois das obras de requalificação, é mais convidativa, mais charmosa, mais Senhora! Um cafézinho debaixo daqueles toldos, tendo como companhia a Ponte D. Luís é um momento investido no prazer de ser-se humano e de contemplar a obra do Homem e da Natureza em perfeita comunhão! Um ponto de encontro de amigos, viajantes, turistas de dentro e de fora que se deixam banhar pelas reboliças águas do Douro... de noite, a ponte iluminada pelo néon laranja e o Mosteiro do Pilar com a sua imponência emocionam o menos sensível dos mortais!
Esta foto foi tirada a partir dos fragmentos da uma das mais antigas pontes do Porto: a ponte Pênsil! Começou a ser construída em 2 de Maio de 1841 e foi aberta ao trânsito a 17 de Fevereiro de 1843, respondendo ao crescente tráfego entre Porto e Gaia e que já não conseguia ser suportado pela Ponte das Barcas, a ponte anterior à Ponte Pênsil.
Nesta foto, repare-se para o tabuleiro inferior, o único aberto ao tráfego rodoviário e, do outro lado da ponte, no cimo, o Mosteiro do Pilar.
Repare-se também, na foto abaixo, para os pilares desta antiga ponte do Porto...
Realmente imponentes... ao cimo, a presença marcante da História viva do Porto:a muralha Fernandina! Mas a viagem prossegue...
Já do outro lado da ponte, vemos, contextualizado, os pilares da Ponte Pênsil protegidos pela irmã mais velha, a sempre bela Ponte D. Luís, sonhada e projectada por Teófilo Seyrig. Os seus 395 metros de comprimento e as mais de 3000 toneladas de ferro resistiram ao tempo e vestiram-se de modernidade quando aceitou a passagem do Metro no seu tabuleiro superior... a sua "irmã gémea", a ponte D. Maria, é o exemplo de um destino completamente oposto: abandonada, suja... não, não merecia... assim de destrói o orgulho e a auto-estima de um povo!
Para terminar, como não podia deixar de ser, o barco Rabelo, ex-líbris do Porto, embaixador cultural e visual de toda uma região! Até meados do séc. XX a sua utilização ainda era algo de regular, transportando cascos de vinho e até pessoas... mas há relatos que nos levam até ao remoto séc. XIII que provam a existência de embarcações deste tipo para o transporte de carga e pessoas ao longo do Rio Douro! Em três dias, viaja 150kms entre a Régua e o Porto...
A viagem termina aqui, por entre o Sol e a promessa solene de que, um dia não muito distante, este caminho pela História e pelas Estórias voltará!
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