terça-feira, janeiro 10

O paraíso!

Acabo de regressar de um fim de semana prolongado à Madeira, situação pouco ortodoxa dada a parca saúde da minha conta bancária que, lentamente, qual Pantufinhas, dá os últimos suspiros e "ais". Ainda assim, valeu a pena.
Pouco a pouco, e após já ter tido a sorte de poder conhecer terras de aqui e d'além mar, comecei a compreender que é necessário, de facto, dar valor ao que temos de bom no nosso país. A realidade é que nunca pensei vir tão fascinada da terra do Bastardo! A ilha da Madeira é verdadeiramente deliciosa, contendo em si, em harmoniosa simbiose, o mar e a vegetação irreal que, quase parecendo artificial, povoa os terrenos irregulares e montanhosos da ilha.
Não houve qualquer sentimento de insularidade, pelo contrário. As profecias provaram-se erradas. Houve uma sensação de liberdade, de ter o mar como companheiro e de desejar fazer as malas e deixar esta Coimbra que pouco ou nada me entende e embarcar numa viagem apenas com bilhete de ida. Desconfio seriamente que era capaz de ser muito feliz ali.
Curiosa e agri-doce foi a sensação de estar num país que não o meu. Por um lado é bom não conhecer ninguém e poder percorrer o porto do Funchal às 6 da manhã em alta velocidade, perguntando a quem passava onde fica a Casa Branca e assistindo incrédula às tentativas de engate (falhadas dada a abordagem demasiado... vernácula) do Tsunami das Beiras, poder ensinar asneiras em português a um casal de suecos na recepção do hotel sob o olhar incrédulo da recepcionista e outras coisas mais que a decência não me permite aqui relatar. Por outro lado é estranho sentar-me na mesa do pequeno-almoço, olhar em volta e reparar que só eu e quem me acompanha fala português. É o preço a pagar!
Para tornar esta viagem (ainda mais) inesquecivel há que ressaltar o facto de a minha Briosa se ter portado que nem gente grande e ter arrancado a ferros no último minuto o empate aos maritimistas que nos ofereceram um jantar e depois nos apresentaram a conta... Não interessa quem jogou bem ou mal, se o Marcel faz ou não falta, se o Nelo Vingada sofre ou não de arteopatia, ou se se fazem boas análises apenas com o comentador da Rádio Universidade a falar de empadas (private joke). O que realmente interessa e ficará gravado na memória é que a ida aos Barreiros foi um excelente pretexto para uma viagem fantástica em que conheci gente muito interessante que, estranhamente, vive a três passos, mas que foi preciso viajar até ao fim do mundo para encontrar! Curioso!

PS- FMSG, é desta que volto a mexer com o subconsciente do Tabaibo e me mudo para as ilhas! :P

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